sábado, 29 de setembro de 2012

comunicado... sobre o ensino vocacional no ensino básico... via portal do governo...!

"Foi ontem publicada em Diário da República a portaria que regulamenta o projeto-piloto do Ensino Vocacional. Neste ano letivo, a nova via será implementada enquanto projeto piloto em pelo menos 12 escolas públicas e privadas, abrangendo de momento cerca de 200 alunos em várias regiões do país. Outras escolas poderão candidatar-se para oferecê-la a partir do ano 2013/2014, apresentando um projeto até junho de 2013.

A via vocacional surge como alternativa para responder aos alunos que, num determinado momento do seu percurso escolar, queiram optar por uma vertente de ensino mais prática. O encaminhamento deve ser precedido por um processo de avaliação vocacional que demonstre ser nesse momento a via mais adequada às necessidades de formação dos alunos. Esse encaminhamento dependerá sempre da concordância do encarregado de educação.

O ensino vocacional será particularmente recomendado aos estudantes que manifestem constrangimentos com os estudos do ensino regular e procurem uma alternativa a este tipo de ensino. Para ingressarem nesta via, os alunos devem ter a idade mínima de 13 anos. Será particularmente recomendado aos alunos com duas retenções no mesmo ciclo ou três retenções em ciclos diferentes.

No plano de estudos desta oferta, haverá uma componente geral, que integra as disciplinas de Português, Matemática, Inglês e Educação Física, com carga horária idêntica à do ensino regular; uma componente complementar, da qual fazem parte História, Geografia, Ciências Naturais, Físico-Química e, eventualmente, uma segunda língua; e uma componente vocacional, que integrará atividades vocacionais e práticas simuladas. Cada escola definirá os programas com a distribuição dos tempos pelos tópicos na componente complementar, em função da natureza destes e em articulação com a componente vocacional.

A estrutura curricular é organizada por módulos, o que permitirá aos alunos concluí-los de forma faseada. A duração de cada ciclo não é fixa, podendo ser adaptada aos conhecimentos já adquiridos e ao percurso escolar dos alunos. As escolas terão um elevado grau de autonomia para que possam fazer essa adaptação.

Para poderem progredir, os alunos têm de assistir a pelo menos 90 por cento dos tempos letivos de cada módulo das componentes geral, complementar e vocacional, e participar integralmente na pratica simulada definida. No final de cada ciclo, podem regressar à via de ensino regular, desde que tenham aproveitamento nas provas finais nacionais.

Com esta via educativa pretende-se oferecer uma alternativa prática exigente, completar a resposta a necessidades fundamentais dos alunos e assegurar a inclusão de todos no percurso escolar. Estes cursos devem garantir uma igualdade efetiva de oportunidades, consagrando alternativas adequadas e flexíveis, que permitam dotar os alunos de ferramentas para enfrentar o futuro e, posteriormente, também, os desafios do mercado de trabalho.

No final do primeiro ano deste projeto piloto, será feita uma avaliação do mesmo."

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