quinta-feira, 17 de julho de 2014

revisitando... a notícia do dia [surpresa ?]... 'crato marca prova para 4000 professores com cinco dias de antecedência'...


no expresso diário...

"O ministro da Educação já tinha avisado que a prova de avaliação de conhecimentos para professores contratados ia ser retomada em “tempo oportuno” e esta quinta-feira informou que o teste que milhares de docentes não conseguiram realizar em dezembro do ano passado, por causa da greve e dos protestos então ocorridos, será repetido a 22 de julho, ou seja, daqui a cinco dias.

Ao todo, são cerca de quatro mil os que foram objetivamente impedidos de fazer a componente geral da prova, revelou ao Expresso o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário. De acordo com João Grancho, todos estes professores já foram informados da nova data e escola onde vão realizar o teste, obrigatório para quem tem menos de cinco anos de serviço e queira dar aulas.

As provas feitas em dezembro por cerca de oito mil docentes já estão corrigidas e as que se realizam na terça-feira também serão vistas rapidamente, para que as classificações possam ter efeitos no concurso de professores para o próximo ano letivo.

A urgência do calendário fez ainda com que o ministério tomasse a decisão de não realizar este ano letivo a componente específica da prova, que testaria os conhecimentos dos professores nas áreas que lecionam. “Essa possibilidade já estava prevista no despacho que regula a prova de avaliação de conhecimentos e foi essa a decisão que tomámos agora”, explica João Grancho.

“Acreditamos que tudo vai decorrer com normalidade. A questão da alegada ilegalidade da prova está ultrapassada porque os tribunais já se pronunciaram em sentido contrário. A repetição serve para salvaguardar os direitos dos que não conseguiram realizá-la. Estamos a falar de professores e não vejo que um colega vá impedir a realização da prova e fazer assim com que um candidato não seja contratado ou não consiga a vinculação”, afirma o secretário de Estado.

Quanto à data, João Grancho diz que se pretendeu evitar que a prova se realizasse ao mesmo tempo que a segunda fase dos exames nacionais, que termina na próxima segunda-feira.

ALGUNS PROFESSORES JÁ ESTÃO DE FÉRIAS

A prova foi instituída em 2007, mas foi só com o atual Governo que foi regulamentada e aplicada, gerando grande contestação entre os professores.

A marcação desta data, com “apenas três dias úteis de diferença” motiva uma “indignação total”. “É um total desrespeito pela classe e é uma sacanice para as escolas, para os professores e para as suas famílias”, critica César Paulo, da Associação Nacional de Professores Contratados (ANPC). “Muitos estão agora a gozar uns dias de férias porque os seus contratos terminaram entretanto”, avisa.

O dirigente da ANPC confirma que os professores começaram a ser avisados esta manhã por email, numa pressa que, para César Paulo, mostra a “desvalorização” que a própria tutela faz da prova. E a decisão de não incluir este ano a componente científica - “a única que poderia servir para avaliar os professores de alguma forma, já que a componente geral não tem nada a ver com o que é ser-se bom ou mau professor”- reforça-o, acrescenta o dirigente da associação."


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