segunda-feira, 15 de setembro de 2014

coisas da educação... da conferência de imprensa da fenprof...!

""A confusão instalada nas colocações e a falta de professores na abertura do ano letivo são devidas exclusivamente à incompetência do MEC"

Face a um MEC que insiste na fuga ao diálogo e que finge que não vê os gravíssimos problemas que estão a marcar o arranque do novo ano letivo, a Plataforma dos Sindicatos de Professores enviou já um ofício em que dá um prazo de 48 horas ao Ministério para que: 1. Nuno Crato receba as organizações sindicais (reunião política); 2. A DGAE receba as organizações sindicais para resolver os problemas e as irregularidades dos concursos (reunião técnica); 3. Seja suspenso todo o processo das BCE e que sejam divulgados, escola a escola, os critérios usados (ponderação e cálculos) para quem se candidata.

"Se isto não acontecer", revelou Mário Nogueira na conferência de imprensa da Plataforma de Sindicatos de Professores realizada na tarde desta segunda-feira, 15 de setembro, "apelaremos a todos os professores afetados para que compareçam, na próxima quinta-feira, dia 18, a partir das 11h00, à porta do Ministério, na Av. 5 de Outubro, onde estarão os dirigentes sindicais. Há que pôr termo a este poço sem fim de irregularidades e injustiças!".

Intervindo em nome da Plataforma (ASPL, FENPROF, SEPLEU, SINAPE, SIPE, SIPPEB e SPLIU), Mário Nogueira realçou logo no início que o arranque deste novo ano escolar está a ser marcado por "questões demasiado graves" e que "o Governo não respeita a profissão". "Temos um MEC tranquilo face à normalidade da anormalidade da abertura do ano letivo, com as escolas mergulhadas num conjunto de dificuldades. Parece que não querem ver o que está a acontecer."

Exemplos de erros grosseiros são, entre outros: colocação de docentes em escolas sem vagas no seu grupo de recrutamento, colocações duplicadas, colocação de professores em lugares para os quais tinham sido recuperados docentes da plataforma de horários-zero, colocação de docentes em horários completos que, afinal, eram bastante incompletos, colocações em escolas onde, para o mesmo grupo já existiam horários-zero …

E a estratégia do Ministério de Nuno Crato não podia ser mais clara: "Não querem ver o que se está a passar. O MEC não reconhece a existência de problemas e, não os reconhecendo, não os vai resolver..."

A sua incapacidade política e técnica para desempenhar as funções que lhe estão atribuídas tem sido um dos principais problemas da Educação no nosso país. E esses problemas assumiram agora uma maior amplitude, confirmada pelas numerosas reclamações dos professores, nomeadamente nos gabinetes jurídicos dos sindicatos, e nos protestos das populações e das comunidades educativas.

Em cima do joelho

"A questão", destacou o dirigente sindical, "não é saber se as escolas abriram, mas sim como abriram". E deu um de muitos exemplos possíveis: "Em Aljustrel abriu uma escola, na verdade... mas com 16 professores por colocar!..."

"O processo de colocação de professores está cada vez pior, com crescente perturbação e instabilidade", alertou Mário Nogueira. O MEC trabalha em cima do joelho. Sem planificação. Sem rigor. "Do que depende do Ministério", observou o Secretário Geral da FENPROF, "trabalha-se em cima da hora... vejam-se, entre outros, os exemplos do calendário escolar e da organização do ano letivo".

"É preciso estabilidade! É necessário e urgente um quadro normativo legal estável, para que as escolas desenvolvam o seu trabalho sem problemas", sublinhou.

Ao longo da sua intervenção, Mário Nogueira chamou a atenção para as consequências das "colocações tardias dos docentes nas escolas", lembrando que milhares de professores chegaram ao seu local de trabalho no mesmo dia em que os alunos começaram o novo ano escolar. "O Ministro acha que isto não é grave..."

Para além das colocações de docentes, registam-se outros problemas que afetam o recomeço deste novo ano escolar, designadamente
A falta de professores para apoio dos alunos com necessidades educativas especiais,
A falta de pessoal auxiliar
A desorganização crescente do 1.º ciclo do ensino básico"

/ JPO Peça em atualização

Ver gravação de toda a Conferência de Imprensa
(Condições de som depois de um minuto de gravação)



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