quinta-feira, 18 de setembro de 2014

coisas da educação... uma petição, a escola pública e a assembleia da república... via fenprof...!

"Petição subscrita por mais de 17.000 docentes vai ser debatida na A.R.


Esta sexta-feira, 19 de setembro, a partir das 10H00, a Assembleia da República volta a ser chamada a discutir a Escola Pública, os problemas que políticas muito negativas têm criado e as inegáveis vantagens para a generalidade dos portugueses.Trata-se de um debate que decorre de uma Petição promovida pela FENPROF e que foi subscrita por mais de 17.000 docentes de todo o país e dos diversos níveis de ensino e que, para além de sugerir a necessidade de o governo inverter a direção da sua política, salienta os muitos problemas com que os profissionais da educação e do ensino se confrontam.

Os professores e educadores que assinaram esta petição manifestaram a sua oposição às medidas de política educativa que têm vindo a ser implementadas, considerando que estão hoje em risco a Escola Pública e a garantia do direito à educação para todos, consignado na Lei de Bases do Sistema Educativo e na Constituição da República Portuguesa.

As principais críticas referidas neste texto são:

o aumento significativo do número de alunos por turma e do número de turmas/níveis/anos de escolaridade por professor;
 
as constantes alterações legislativas, nomeadamente curriculares, de programas e de regimes de avaliação, sem fundamentação científico-pedagógica ou avaliação que as justifiquem ;

a supressão de milhares de postos de trabalho docente, designadamente à custa da redução de ofertas formativas, de menor apoio para os alunos com dificuldades e/ou social e culturalmente mais desfavorecidos e da sobrecarga dos horários de trabalho;
 
As medidas que agravam a instabilidade profissional dos docentes, com a existência de um cada vez maior número de professores em mobilidade, o aumento do desemprego e da precariedade, a imposição de uma prova de avaliação de conhecimentos e capacidades e a alteração das condições de aposentação;
 
a revisão do Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, visando o alargamento do financiamento do ensino privado com dinheiros públicos, quando, em muitos casos, existem escolas públicas desaproveitadas, com recursos humanos, físicos e materiais adequados a um ensino de qualidade, inclusivo e universal.

A Assembleia da República irá, assim, perante este levantamento de problemasindesmentíveis e visíveis por todos os portugueses, particularmente pelos docentes, debater as propostas defendidas pelos professores e educadores de infância que visam impedir a continuação desta política de desastre para o país.

Propõe-se, assim, à Assembleia da República que discuta as seguintes medidas de valorização da Educação Pública:
 
a redução do número de alunos por turma e de turmas/níveis por professor, bem como o desdobramento de turmas com vários níveis de escolaridade;

horários pedagogicamente adequados, com tempos para preparação e acompanhamento da atividade letiva;
 
a consideração de todas as atividades realizadas com alunos como componente letiva, conforma compromisso assumido pelo MEC na ata negocial de 25.06.2013;

a eliminação da prova de avaliação de conhecimentos e capacidades, a vinculação dos docentes contratados e a atribuição de serviço aos docentes nas escolas a cujo quadro pertencem;

o fim de alterações avulsas no sistema de ensino, sem qualquer avaliação ou fundamentação;

a avaliação rigorosa da necessidade de manutenção dos contratos com estabelecimentos privados e a consequente cessação daqueles que já não se justifiquem, perante a resposta que a Escola Pública tem condições de garantir;

o reforço do financiamento público das escolas para o seu adequado funcionamento, em toda a extensão do sistema de ensino.
A FENPROF, convida, assim, os senhores jornalistas e os órgãos de comunicação social a acompanhar este importante momento de debate sobre o futuro da educação e do ensino públicos para o nosso país."

O Secretariado Nacional da FENPROF
18/09/2014


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