terça-feira, 12 de maio de 2015

e o que disse a fenprof...

MEC confirma grande adesão dos professores à greve e recorre à pressão ilegítima e à ameaça


O MEC enviou um ofício aos diretores das escolas e agrupamentos, assinado pelo presidente do IAVE e pelo diretor-geral da DGEstE no qual, em tom de notório desespero, procuram criar pressão sobre os professores, esquecendo-se que a sua não participação neste processo se faz no âmbito da greve que foi convocada por sete organizações sindicais de professores.


Neste ofício, IAVE/ DGEstE/ MEC confirmam o insucesso da “convocação” dos professores para formação, primeiro nas capitais de distrito, depois em Lisboa e, por essa razão, ordenam, agora, a diretores que convoquem os “professores classificadores por si designados que não concluíram, até à data, a certificação para as funções de classificador”. No ponto seguinte, refere que “na ausência do docente às sessões para as quais foi regularmente convocado, a Direção deverá agir em conformidade”… seja lá o que isso quer dizer.
MEC/ IAVE/ DGEstE deixam, assim, no ar um tom de ameaça com o “agir em conformidade”, esquecendo-se que a ausência dos professores à formação – como a todas as atividades relacionadas com este exame –, é absolutamente legal, sendo lamentável e execrável que 41 anos após o 25 de Abril de 1974, os dirigentes do IAVE e da DGEstE façam este tipo de pressão ilegítima, revelando não terem, ainda, a democracia consolidada nas respetivas cabeças.
DGEstE e IAVE falam, também, no seu ofício, em “falta de comparência ao serviço” por parte dos professores que, em greve, não realizaram as chamadas “sessões de Speaking”. Ora, não há qualquer “falta de comparência”, há, isso sim, adesão a uma greve convocada para permitir que os professores recusem envolver-se num processo que sai do âmbito das suas funções, que prejudica a sua atividade na escola com os seus alunos (essa sim, essencial para a valorização e promoção da qualidade do ensino e da aprendizagem da língua inglesa) e que se mantém envolto por manto pouco transparente.
Neste ofício, IAVE/ DGEstE/ MEC confirmam ainda que, para este processo, não há limites financeiros, afirmando que quem realizar mais de seis “sessões de Speaking” terá, “a título execional, uma contrapartida financeira” referente ao que designam por “trabalho adicional”, figura “jurídica” criada para este efeito.
Recordam, ainda, os dirigentes da DGEstE e IAVE que a realização das “sessões de Speaking” dá direito a pagamento do transporte e, sublinham, “independentemente da distância percorrida”.
Se dúvidas houvesse, confirma-se o forte impacto da greve dos professores ao “exame Cambridge” e também as dificuldades que IAVE/ DGEstE revelam, quando é posta em causa a sua vontade, em lidar com normas elementares da Democracia.
Por último, a FENPROF saúda os professores, de inglês e não só, que têm participado nesta greve e que, à medida que passam os dias, são cada vez mais.



O Secretariado Nacional da FENPROF
11/05/2015 

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